Japão e China trocam opiniões sobre os 45 anos do tratado de paz e amizade

Autoridades governamentais e especialistas do Japão e da China trocaram opiniões sobre as relações bilaterais para homenagear os 45 anos de paz e amizade entre os dois países.

O Tratado de Paz e Amizade Japão-China entrou em vigor em outubro de 1978.

A Academia Chinesa de Ciências Sociais, um grupo de reflexão afiliado ao governo, organizou um simpósio em Pequim na quarta-feira (25), para comemorar o aniversário.

O ex-primeiro-ministro japonês, Fukuda Yasuo, e os embaixadores dos dois países estavam entre os participantes.

O presidente da Academia, Gao Xiang, descreveu como perigosa a retórica que compara uma contingência em Taiwan a uma contingência no Japão. Ele disse que as relações entre a China e o Japão não devem ser influenciadas por pequenos grupos radicais.

O embaixador chinês no Japão, Wu Jianghao, enviou uma mensagem de vídeo na qual classificou a água tratada e diluída liberada da usina nuclear danificada de Fukushima Daiichi como “água contaminada por energia nuclear”.

Ele pediu que o Japão resolvesse a questão adequadamente com sinceridade e removesse o obstáculo para melhorar as relações bilaterais.

O embaixador japonês na China, Tarumi Hideo, disse que as relações bilaterais atuais não podem ser descritas como ideais. Ele observou que ambos os lados perderam a visão de onde deveriam estar devido à confusão de enfrentar um desafio difícil.

Tarumi se referiu às palavras do antigo filósofo Confúcio e a outros clássicos chineses, com os quais as pessoas de ambos os países estão familiarizadas.

Ele enfatizou a importância de aprender com a sabedoria do passado e procurar maneiras de cooperar sem perder a abordagem independente.

O embaixador japonês pediu aos dois lados que continuem se comunicando com base no pensamento estratégico, apesar das diferenças em suas posições.