Um instituto no Japão afirma ter conseguido formar um estado de matéria chamado “plasma”, que desempenha um papel fundamental nas reações de fusão nuclear. Isso pode ser um avanço para a obtenção de uma fonte de energia de última geração.
O National Institutes for Quantum Science and Technology fez o anúncio na terça-feira (24).
A fusão nuclear ocorre dentro do núcleo do Sol. Fazê-la acontecer artificialmente poderia levar à produção de grandes quantidades de energia.
Seria uma fonte de energia de última geração que não emite dióxido de carbono e não gera resíduos radioativos de alto nível.
O instituto afirma que conseguiu formar o “plasma” em uma instalação de experimentos de fusão nuclear em larga escala chamada JT-60SA, na Prefeitura de Ibaraki, ao norte de Tóquio. A instalação foi construída em conjunto pelo Japão e pela União Europeia a um custo de mais de 65 bilhões de ienes, ou cerca de US$ 435 milhões.
O objetivo da instalação é verificar a tecnologia que gera “plasma” de alta temperatura e alta pressão, o que é crucial para criar uma reação de fusão nuclear e mantê-la por um determinado período.
O instituto diz que a instalação começou a funcionar plenamente em maio. Na tarde de segunda-feira (23), ela conseguiu formar “plasma” pela primeira vez.
Para conseguir a fusão nuclear, o “plasma” precisa atingir uma temperatura de mais de 100 milhões de graus Celsius e fazer com que os núcleos colidam a uma velocidade de 1.000 quilômetros por segundo.
O instituto afirma que, até o momento, os cientistas só podem criar uma temperatura de “plasma” de 10 milhões de graus.
O instituto pretende obter a tecnologia necessária para manter o “plasma” a 100 milhões de graus Celsius por 100 segundos dentro de aproximadamente cinco anos.
O instituto diz que pretende usar os conhecimentos obtidos com os experimentos para um megaprojeto científico internacional conjunto, cujos participantes incluem o Japão e a UE.
A empresa também quer realizar a geração de energia de fusão nuclear, que o governo japonês pretende realizar por volta de 2050.
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