EUA vetam resolução da ONU que permite "pausas humanitárias" para ajuda a Gaza

A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse que é muito cedo para o Conselho de Segurança elaborar uma resposta adequada ao conflito entre Israel e Hamas. Ela vetou uma resolução na quarta-feira (18), que teria permitido a entrega de ajuda por meio de “pausas humanitárias”.

Thomas-Greenfield se opôs à redação de uma resolução proposta pelo Brasil. Ela disse que a resolução não fazia menção aos direitos de autodefesa de Israel.

Ela acrescentou que o presidente dos EUA, Joe Biden, e outros líderes já estão “engajados em um diálogo intenso” sobre as mesmas questões que estão sendo debatidas no conselho. Ela disse que os delegados precisam “deixar que a diplomacia se desenvolva”.

A resolução condenou toda a violência contra civis, incluindo o que chamou de “ataques terroristas hediondos” do Hamas. Ela pediu a libertação dos reféns e conclamou todas as partes a proteger a vida dos civis em Gaza. Doze dos 15 membros votaram a favor, incluindo o Japão. Os membros do Reino Unido e da Rússia se abstiveram.

O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse que o veto mostra a “hipocrisia e os padrões duplos” dos EUA. Ele criticou os americanos por não procurarem o Conselho de Segurança “para uma solução”.