Uma equipe de especialistas liderada pela Agência Internacional de Energia Atômica, International Atomic Energy Agency – IAEA, coletou peixes perto da usina nuclear de Fukushima Daiichi. Essa é a primeira pesquisa anual de monitoramento de radioatividade da AIEA desde que a usina começou a liberar água tratada e diluída no oceano.
Na quinta-feira (19), 12 especialistas, incluindo os do Japão, visitaram o porto de pesca de Hisanohama, na cidade de Iwaki, província de Fukushima.
Especialistas da AIEA, Coreia do Sul, Canadá e China estão se juntando à equipe.
Eles observaram o descarregamento de peixes no porto e, em seguida, coletaram mais de 70 quilos de seis espécies de peixes, incluindo um tipo de linguado e a cavala japonesa.
As amostras de peixes foram acondicionadas em contêineres com gelo e serão levadas para uma instalação de pesquisa na província de Chiba. As amostras serão enviadas aos laboratórios que estão participando da pesquisa para serem analisadas quanto à radioatividade.
Cada laboratório realizará suas próprias análises e enviará os resultados para a AIEA, que compilará e publicará os dados em um relatório.
Takase Chikara, da Agência de Pesca, diz estar certo de que as análises feitas por outros países garantirão que as verificações de substâncias radioativas estão sendo realizadas adequadamente no Japão.
Após o acidente nuclear em março de 2011, a AIEA, juntamente com o Japão, tem realizado amostragens de peixes e do ambiente marinho todos os anos desde 2015.
Especialistas de outros países se juntaram à amostragem anual.
Esta é a primeira amostragem desde que a liberação de água tratada da usina de Fukushima Daiichi começou em agosto.
A segunda rodada de liberação de água começou em 5 de outubro e deve durar 17 dias. Essa também é a primeira vez que especialistas da China se juntam à equipe da AIEA.
A usina nuclear sofreu um derretimento triplo no terremoto e tsunami de 2011. A água usada para resfriar o combustível nuclear derretido se mistura com a chuva e a água subterrânea e é armazenada em cerca de 1.000 tanques dentro do complexo da usina.
A água acumulada é tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.
Antes de liberar a água tratada no mar, a operadora da usina, a Tokyo Electric Power Company, dilui-a para reduzir o trítio a cerca de um sétimo do nível de orientação estabelecido pela Organização Mundial da Saúde para a qualidade da água potável.
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