Ex-ministro das Relações Exteriores da China foi exonerado após alegações de envolvimento nos EUA

Um importante jornal norte-americano afirma que o ex-ministro das Relações Exteriores da China foi exonerado por causa de um caso extraconjugal que teve enquanto era embaixador nos Estados Unidos.

O Wall Street Journal também informou na terça-feira (19), que Qin Gang era pai de um filho com a mulher, que não foi identificada.

Pequim anunciou, em julho, que Qin havia sido substituído como ministro das Relações Exteriores por seu antecessor, Wang Yi.

O jornal citou fontes dizendo que as altas autoridades chinesas foram informadas em agosto que Qin havia sido substituído como resultado de uma investigação interna do Partido Comunista que revelou “questões de estilo de vida”. A frase é geralmente usada pelo partido para se referir à má conduta sexual.

A investigação, agora, está, supostamente, focada em saber se houve um impacto adverso sobre a segurança nacional da China.

Uma criança nascida nos Estados Unidos é automaticamente um cidadão americano. O jornal citou fontes que disseram que a existência da criança com cidadania americana foi parte do motivo da exoneração de Qin, pois poderia prejudicar os interesses nacionais da China.

Questionada sobre a reportagem em uma coletiva de imprensa na terça-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que Pequim já havia divulgado informações sobre a nomeação e a demissão do ministro das Relações Exteriores e que ela não tinha conhecimento de nenhuma outra informação.

Há também uma crescente especulação de que o ministro da Defesa, Li Shangfu, está sendo investigado por alegações de corrupção. Li não é visto em público há três semanas.