A operadora da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que se encontra paralisada, está assegurando ao público que sua operação de descarga de água tratada e diluída no oceano está sendo conduzida conforme planejado. A Tokyo Electric Power Company afirma que a concentração de trítio na água do mar não se alterou significativamente após o início da descarga na quinta-feira (24).
Um porta-voz da TEPCO disse: “Podemos confirmar que os níveis de radioatividade estão baixos e nenhuma leitura anormal foi detectada devido à liberação”.
A empresa de serviços públicos planeja coletar amostras de água do mar em 10 pontos em um raio de três quilômetros da usina todos os dias. Ela divulgou os dados de monitoramento obtidos algumas horas após o início da descarga. A empresa afirma que a concentração de trítio era inferior a 10 becquerels por litro. Isso está muito abaixo dos padrões de liberação ambiental do Japão, que é de 60.000 becquerels por litro.
A TEPCO também divulgou um vídeo que foi filmado quando a operação começou. Os trabalhadores ativaram uma bomba para misturar a água tratada com a água do mar.
Dez minutos depois, a água começou a fluir para um poço vertical, que está conectado a um túnel de descarga.
Fukushima Daiichi sofreu um derretimento triplo no terremoto e tsunami de 2011. Desde então, a água usada para resfriar o combustível derretido na usina está se misturando com a chuva e a água subterrânea, infiltrando-se nos prédios danificados do reator.
A água está sendo tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio. Antes da liberação, o operador está diluindo a água tratada para reduzir os níveis de trítio para cerca de um sétimo das diretrizes da Organização Mundial da Saúde para água potável.
A Agência Internacional de Energia Atômica afirma que a abordagem e as atividades do Japão sobre a liberação são consistentes com os padrões de segurança internacionais relevantes. Ela afirma que a descarga teria um impacto insignificante sobre as pessoas e o meio ambiente.
Apesar disso, as autoridades alfandegárias da China anunciaram uma suspensão imediata das importações de frutos do mar do Japão a partir de quinta-feira.
O Japão apresentou um protesto em uma reunião dos ministros de comércio e investimento do G20.
O Ministro de Estado das Relações Exteriores, Yamada Kenji, disse: “As medidas da China não são baseadas em evidências científicas e são totalmente inaceitáveis. Exigimos que a proibição seja suspensa imediatamente”.
O governo japonês reservou um fundo de 550 milhões de dólares para lidar com os danos à reputação da pesca e de outros setores.
O Ministério do Meio Ambiente também está intensificando o monitoramento dos níveis de radiação na água do mar na costa da Prefeitura de Fukushima. Ele planeja verificar os níveis de radiação uma vez por semana e publicar os resultados em seu site e nas mídias sociais.
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