O primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, visitará a usina nuclear de Fukushima Daiichi, que está com problemas, neste domingo (20).
Ele inspecionará os preparativos para a liberação planejada da água tratada e diluída da usina no oceano.
Kishida chegou ao aeroporto de Haneda, em Tóquio, no final da noite de sábado (19), vindo dos Estados Unidos, onde manteve conversações com líderes norte-americanos e sul-coreanos.
Ele e o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, foram recebidos pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em uma cúpula e almoço de trabalho na sexta-feira (18), no retiro presidencial de Camp David, nos arredores de Washington.
Os líderes concordaram em elevar a cooperação de segurança trilateral a novos patamares.
A reunião ocorreu no momento em que a Coreia do Norte prossegue com seus programas nucleares e de mísseis, e a China aumenta suas atividades militares.
Eles concordaram em realizar reuniões regulares de líderes trilaterais, bem como em nível ministerial. Eles também concordaram em aprimorar os mecanismos de compartilhamento de informações quando surgirem contingências futuras.
Os líderes emitiram os “Princípios de Camp David”, bem como outros documentos, para resumir suas conversas.
Kishida também se reuniu separadamente com os presidentes dos EUA e da Coreia do Sul.
Kishida e Biden concordaram que o Japão e os EUA desenvolverão em conjunto um novo tipo de míssil capaz de interceptar armas avançadas, como mísseis hipersônicos.
No domingo, Kishida visitará a usina nuclear de Fukushima Daiichi para inspecionar os preparativos para a liberação de água tratada e diluída da usina no mar.
Será a primeira vez que ele inspecionará as instalações para a liberação. Kishida está planejando convocar uma reunião dos ministros relevantes do Gabinete dentro de uma semana para iniciar a liberação o mais rápido possível.
Kishida diz que a liberação é um desafio que não pode ser adiado para que se possa avançar com o descomissionamento da usina e progredir com a reconstrução de Fukushima.
Ele diz que o governo chegou ao estágio final da tomada de decisão que considera todos os fatores, inclusive como minimizar os impactos negativos sobre o setor pesqueiro.
Kishida também planeja trocar opiniões com executivos da operadora da usina, a Tokyo Electric Power Company. Ele disse que quer confirmar se os executivos da TEPCO estão comprometidos com o descomissionamento da usina e com a reconstrução regional.
As autoridades do governo também estão tentando marcar uma reunião, já na segunda-feira, entre Kishida e as autoridades seniores da National Federation of Fisheries Co-Operative Associations.
Representantes do setor pesqueiro manifestaram oposição ao plano de descarga de água tratada.
A chuva e as águas subterrâneas se misturam com a água usada para resfriar o combustível derretido na usina. A água acumulada é tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.
O governo planeja diluir a água tratada para reduzir os níveis de trítio para cerca de um sétimo das diretrizes da Organização Mundial da Saúde para a qualidade da água potável antes de liberá-la no mar.
No mês passado, a Agência Internacional de Energia Atômica divulgou um relatório dizendo que o plano de liberação de água do Japão é consistente com os padrões internacionais de segurança.
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