Incêndios florestais em Maui devastaram a economia local

Duas semanas se passaram desde que os incêndios florestais irromperam na ilha havaiana de Maui.

Os incêndios destruíram a cidade de Lahaina, popular entre os turistas por seus marcos históricos.

As autoridades confirmaram 115 mortos, mas apenas 43 corpos haviam sido identificados até terça-feira (22).

Lahaina fica na parte oeste da ilha, mas a parte leste, que escapou das chamas, também está perdendo turistas.

Em um restaurante próximo ao aeroporto, as vendas caíram 30% ao dia. Seu proprietário está preocupado com o pagamento do aluguel e dos salários dos funcionários.

Uma loja que vende joias e arte tradicionais do Havaí diz que as vendas caíram quase 90% em relação a agosto do ano passado.

A proprietária K-la’n Curley-Rohde diz: “Queremos reconstruir Maui. Por isso, precisamos desses recursos para que as pessoas venham e aproveitem a ilha”.

Eugene Tian, economista-chefe do Departamento de Negócios, Desenvolvimento Econômico e Turismo do Havaí, observa que muitos turistas no Havaí visitam não apenas Maui, mas também outras partes do estado.

Ele diz que haverá impactos em outras ilhas, especialmente na Big Island, Oahu e Kauai.

Tian estima que o estado esteja sofrendo perdas econômicas de 8,5 milhões de dólares por dia.

A Agência Federal de Gerenciamento de Emergências dos EUA, ou FEMA, e outras autoridades afirmam que pelo menos 2.200 edifícios em Maui foram destruídos ou seriamente danificados pelos incêndios.

A Moody’s diz que a perda econômica totaliza de 4 a 6 bilhões de dólares.

A empresa de pesquisa espera que pelo menos 75% desse valor seja coberto por seguro. Mas ela adverte que o prejuízo pode aumentar devido a fatores pós-desastre, como altos custos de mão de obra de construção e inflação durante o prolongado período de recuperação da ilha.