Coreia do Norte fortalecerá sua capacidade nuclear naval, diz o ditador Kim

O ditador norte-coreano, Kim Jong Un, deu a entender que o país fortalecerá suas forças navais com a implantação de armas nucleares táticas.

A Korean Central Television, estatal, informou na terça-feira (29), que Kim visitou o comando da marinha e fez um discurso no domingo (27), antes do Dia da Marinha, que o país comemorou na segunda-feira. Kim estava acompanhado de sua filha.

Durante seu discurso, Kim mencionou a cúpula trilateral que os líderes do Japão, dos EUA e da Coreia do Sul realizaram nos Estados Unidos no início deste mês. Os três líderes concordaram em realizar exercícios trilaterais regularmente.

Kim disse: “Devido aos movimentos imprudentes de confronto dos EUA e de outras forças hostis, as águas ao largo da Península Coreana foram reduzidas ao maior ponto de concentração de material bélico do mundo, as águas mais instáveis com o perigo de uma guerra nuclear”.

Ele também disse que a marinha se tornará um componente da dissuasão nuclear da Coreia do Norte. Kim indicou que “unidades de diferentes serviços seriam equipadas com novos armamentos de acordo com a política de expansão da operação de armas nucleares táticas especificada na linha de construção da força nuclear estatal”.

Os detalhes do plano ainda não foram revelados. Mas Pyongyang tem um programa destinado a desenvolver mísseis balísticos lançados por submarinos, ou SLBMs.

A Coreia do Norte também anunciou, em 21 de agosto, que havia realizado um exercício de míssil de cruzeiro estratégico naval. O míssil foi projetado para transportar uma ogiva nuclear tática.

O anúncio foi feito quando as forças armadas dos EUA e da Coreia do Sul estavam participando de seus exercícios conjuntos regulares. Durante os exercícios, as tropas simularam respostas a emergências na Península Coreana. Os exercícios estão programados para terminar na quinta-feira.

O discurso de Kim teve como objetivo elevar o moral das forças armadas e manter sob controle a cooperação de segurança entre os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.