Os consumidores da China estão comprando sal, em pânico, pois estão mais preocupados com a segurança alimentar desde que o Japão começou a liberar no mar, na quinta-feira (24), água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi.
O governo chinês se opôs fortemente à medida e, em resposta, suspendeu a importação de todos os produtos aquáticos do Japão.
Na China, a ansiedade do público com relação à segurança dos alimentos também aumentou, principalmente com relação ao sal produzido a partir da água do mar.
As prateleiras de sal foram esvaziadas em um supermercado na capital Pequim na sexta-feira (25). A mídia chinesa afirma que os supermercados de todo o país estão ficando sem sal.
O governo chinês anunciou que investigará rigorosamente os casos suspeitos de estocagem especulativa de sal.
Um produtor disse que o sal marinho representa apenas 10% do sal que as pessoas consomem.
As autoridades da cidade de Pequim estão pedindo que as pessoas não comprem em pânico, dizendo que a cidade mantém um estoque suficiente de sal.
Um homem de 60 anos disse que conseguiu comprar dois pacotes.
Outro homem de 30 anos disse que se opõe fortemente ao descarte da água. Ele disse que o Japão afirma que a água é tratada adequadamente, mas ele suspeita que ela deve conter muitas substâncias radioativas.
A usina de Fukushima sofreu um derretimento triplo após o terremoto e o tsunami de março de 2011. A água usada para resfriar o combustível derretido na usina se mistura com a chuva e a água subterrânea. A água acumulada é tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.
Antes de liberar a água, o operador da usina está diluindo a água tratada para reduzir os níveis de trítio para cerca de um sétimo das diretrizes da Organização Mundial da Saúde para a qualidade da água potável.
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