Aumento dos testes de produtos marinhos nas proximidades da usina de Fukushima Daiichi

A Agência de Pesca do Japão planeja aumentar os testes de produtos marinhos nas proximidades da usina nuclear de Fukushima Daiichi para evitar danos à reputação depois que a água tratada e diluída da usina for liberada no oceano.

Atualmente, os peixes estão sendo pescados na província de Fukushima, exceto em áreas a menos de 10 quilômetros da usina.

As autoridades da prefeitura de Fukushima testam os peixes pescados toda semana. Se forem detectadas substâncias radioativas em níveis mais altos do que o aceitável, o governo nacional determina restrições ao transporte da mesma espécie de peixe.

Atualmente, apenas o peixe-pedra preto está sujeito a restrições de embarque, depois de ter sido reprovado nos testes em janeiro do ano passado.

As cooperativas de pescadores de Fukushima planejam testar todas as espécies de peixes a serem embarcadas, todos os dias em que a pesca for desembarcada. Se forem detectadas substâncias radioativas em níveis superiores aos padrões estabelecidos voluntariamente, as cooperativas se absterão de transportar os peixes.

Desde junho do ano passado, a Agência de Pesca vem testando o trítio em várias espécies de peixes ao longo do Pacífico, de Hokkaido, no norte, até a província de Chiba.

Além disso, após o início da descarga de água, a agência estatal examinará os peixes capturados em um raio de 10 quilômetros da usina para verificar a presença de trítio todos os dias, inclusive nos fins de semana. Os resultados dos testes serão divulgados um ou dois dias depois.

Os funcionários da agência dizem que, ao divulgar os resultados dos testes próximos ao ponto de descarga, eles esperam dissipar as preocupações dos consumidores e permitir que eles apreciem os frutos do mar de Fukushima sem preocupações.

A água usada para resfriar o combustível derretido na usina se mistura com a chuva e a água subterrânea. A água acumulada é tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.

O governo planeja diluir a água tratada para reduzir os níveis de trítio para cerca de um sétimo das diretrizes da Organização Mundial da Saúde para a qualidade da água potável antes de liberá-la no mar.