Um grupo de pessoas que se opõe ao plano do Japão de liberar água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que está paralizada, disse que entrará com uma ação judicial no próximo mês para pedir a suspensão da descarga.
Espera-se que a operadora da usina, a Tokyo Electric Power Company – TEPCO, comece a liberar a água no oceano já nesta quinta-feira (24).
O grupo disse em uma coletiva de imprensa na cidade de Iwaki, na província de Fukushima, na quarta-feira (23), que entrará com uma ação no Tribunal Distrital de Fukushima em 8 de setembro para exigir que a TEPCO interrompa a liberação. Também exigirá que o órgão regulador nuclear do Japão retire sua aprovação do plano.
Um advogado disse que o grupo deverá ser formado por moradores e pescadores da Prefeitura de Fukushima e de outros lugares.
O grupo afirma que a liberação vai contra a promessa feita pelo governo e pela TEPCO às cooperativas de pescadores de Fukushima há oito anos, de que eles não levariam adiante tal plano sem o entendimento das partes interessadas.
Também afirma que a medida violaria o direito dos residentes de viver em paz e destruiria a base da vida das pessoas com vínculos com o mar.
Suzuki Shigeo, um morador de Iwaki que planeja se juntar ao grupo de reclamantes, disse que as promessas devem ser cumpridas. Ele também disse que todos os esforços que foram feitos até agora seriam em vão e a reconstrução seria adiada.
A água usada para resfriar o combustível derretido na usina de Fukushima Daiichi se mistura com a chuva e a água subterrânea. A água acumulada foi tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.
O governo planeja diluir a água tratada para reduzir sua concentração de trítio para cerca de um sétimo do nível de orientação da Organização Mundial da Saúde para água potável antes de liberá-la no mar.
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