Uma grande rede japonesa de concessionárias de carros usados admitiu ter feito reivindicações fraudulentas de seguro ao danificar intencionalmente os carros dos clientes.
A Bigmotor apresentou às seguradoras um relatório sobre o assunto, compilado por um grupo de advogados externos.
Os advogados descobriram que os funcionários quebravam as tampas dos faróis ou arranhavam as carrocerias dos carros para cobrir as despesas de reparo e recebiam mais dinheiro do que o devido do seguro.
A pesquisa dos advogados constatou que 27% dos funcionários disseram que estavam envolvidos em danos intencionais a veículos que resultaram em reclamações de seguro inadequadas.
O relatório afirma que os responsáveis pelas unidades estavam envolvidos em atos fraudulentos devido às rígidas cotas de vendas e à pressão da matriz da empresa.
O relatório também constatou que os executivos da Bigmotor rebaixaram 47 executivos desde agosto de 2020, citando o mau desempenho em áreas como limpeza e manutenção das unidades.
O relatório diz que os rebaixamentos foram feitos sem dar a eles a chance de se explicar ou sem discutir o assunto em um comitê interno de remuneração, conforme estipulado nas regras de trabalho da empresa.
Os advogados dizem que foi criada, o que eles chamam de cultura corporativa distorcida, na qual os funcionários obedeciam às instruções dos executivos por medo de serem rebaixados, o que levaria a uma grande redução em seu salário básico.
O ministro dos transportes, Saito Tetsuo, disse na terça-feira (18), que seu ministério planeja realizar uma audiência com a Bigmotor sobre o assunto.
A Bigmotor disse que seu fundador e presidente, Kaneshige Hiroyuki, devolverá o valor de um ano de indenização.
A empresa se compromete a implementar medidas para evitar recorrências e fazer esforços consistentes para reconquistar a confiança do público.
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