O diretor-geral da AIEA se reúne com o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul para discutir o plano da água tratada de Fukushima

O diretor geral do órgão de vigilância nuclear da ONU e o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul discutiram o plano do Japão de liberar no oceano a água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que está paralizada.

O Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, reuniu-se com o Ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Park Jin, na capital sul-coreana, Seul, no sábado (8).

Fontes do Ministério disseram que Grossi informou Jin sobre a avaliação do plano pela AIEA durante a reunião.

A análise da AIEA concluiu que a água tratada e diluída que o Japão planeja liberar da usina atende aos padrões internacionais de segurança.

A água usada para resfriar o combustível nuclear fundido se mistura com a chuva e a água subterrânea. A água é então tratada para remover a maioria das substâncias radioativas. Mas o trítio permanece.

Antes de o governo japonês liberar a água no oceano, ele planeja diluí-la para reduzir o nível de trítio para cerca de um sétimo das diretrizes da Organização Mundial da Saúde para a qualidade da água potável.

As fontes dizem que Park pediu a Grossi que continuasse a cooperar, para que as pessoas em seu país pudessem se sentir seguras quanto à segurança da água tratada.

Após a reunião, Park disse aos repórteres que ele e Grossi tiveram discussões aprofundadas sobre as maneiras pelas quais a AIEA e o governo sul-coreano podem trabalhar juntos para verificar se a água é segura.

Na sexta-feira (7), o governo sul-coreano observou que sua própria avaliação indica que a água tratada da usina atenderá aos padrões internacionais de segurança, se for liberada conforme planejado atualmente pelo governo japonês.

O governo sul-coreano disse que pretende aceitar o relatório da AIEA.

Há uma preocupação crescente na Coreia do Sul sobre a liberação planejada. Grupos que protestam contra ela realizaram uma manifestação em Seul no sábado.

No domingo, Grossi deve se reunir com legisladores do maior partido de oposição da Coreia do Sul. Eles estão protestando contra o plano.