Japão intensificará medidas contra informações falsas sobre a liberação de água tratada

Autoridades do Ministério das Relações Exteriores do Japão afirmam que intensificarão as medidas para combater informações falsas sobre a liberação de água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi no oceano.

O ministério tem uma equipe encarregada de lidar com informações falsas. No mês passado, ele descobriu uma reportagem da mídia sul-coreana na Internet que dizia que o Japão havia doado uma grande quantia de dinheiro para a Agência Internacional de Energia Atômica. Os especialistas da instituição estavam avaliando a segurança do plano de descarga marinha do Japão.

A equipe do ministério rejeitou a alegação como totalmente infundada.

As autoridades dizem que mais informações falsas baseadas em especulações infundadas podem ser divulgadas on-line.

Eles planejam usar a IA para coletar e filtrar informações. Se for encontrado conteúdo não factual, eles exigirão sua exclusão ou refutação.

O ministério também planeja trabalhar com os governos dos EUA e da Coreia do Sul para disseminar informações com base em evidências científicas.

O ministro das Relações Exteriores, Hayashi Yoshimasa, disse que o Japão tomará medidas firmes contra o ato de divulgar informações falsas com intenção maliciosa.

O Japão planeja liberar a água que vem se acumulando na usina nuclear de Fukushima Daiichi após o triplo derretimento de 2011. Trata-se de uma combinação de água subterrânea e chuva que se infiltrou nos prédios danificados do reator, misturando-se com a água usada para resfriar o combustível nuclear derretido.

A água é tratada para remover a maioria dos materiais radioativos, mas o trítio ainda permanece.

A água tratada será diluída com água do mar para reduzir os níveis de trítio a um sétimo dos padrões de segurança da Organização Mundial da Saúde para água potável.

O governo planeja iniciar a descarga em algum momento deste verão.

No início deste mês, a AIEA emitiu um relatório abrangente concluindo que o plano do Japão é consistente com os padrões internacionais de segurança.