O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Mariano Grossi, chegou à Coreia do Sul na noite de sexta-feira e foi alvo de uma onda de raiva.
Grossi foi recebido por uma multidão que protestava contra a decisão da AIEA de aprovar o plano do Japão de liberar no oceano a água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que está em colapso.
Ele viajou do Japão para Seul, onde explicará por que uma análise da AIEA concluiu que a água atende aos padrões internacionais de segurança.
Os manifestantes gritaram “Destruam o relatório” enquanto esperavam Grossi sair de um terminal do aeroporto. Muitos policiais foram mobilizados para manter a ordem.
A agência de notícias Yonhap, da Coreia do Sul, disse que levou mais de duas horas para que ele saísse por uma saída diferente.
Grossi deve se encontrar com o Ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Park Jin, e outras autoridades durante sua estadia de três dias.
O governo sul-coreano disse que respeita os resultados da revisão, observando que seu próprio estudo mostra que a água atenderia aos padrões internacionais de segurança se o processo fosse realizado conforme planejado.
A usina de Fukushima Daiichi sofreu um derretimento triplo no terremoto e tsunami de março de 2011.
A água usada para resfriar o combustível nuclear derretido se mistura com a chuva e a água subterrânea, que é então tratada para remover a maioria das substâncias radioativas. Mas o trítio permanece.
O governo japonês planeja diluir a água para reduzir o nível de trítio para cerca de um sétimo das diretrizes da Organização Mundial da Saúde para a qualidade da água potável.
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