Banco Central europeu decide aumentar as principais taxas de juros para conter a inflação

O Banco Central Europeu decidiu aumentar as taxas de juros pela nona vez consecutiva, para conter a inflação.

Os formuladores de políticas econômicas aumentaram os custos dos empréstimos em um quarto de ponto percentual em sua reunião em Frankfurt, Alemanha, na quinta-feira (27), seguindo uma medida semelhante tomada pelo Federal Reserve dos EUA um dia antes.

A taxa das principais operações de refinanciamento do BCE subirá para 4,25%, após aumentos em todas as reuniões de política econômica desde julho do ano passado. A nova taxa entrará em vigor em 2 de agosto.

A inflação da zona do euro arrefeceu em relação aos mais de 10% registrados no outono passado. Mas ela ainda permanece bem acima da meta de médio prazo do banco, que é de 2%. Em junho, ela foi de 5,5% em comparação com o ano anterior.

No entanto, os aumentos das taxas no último ano afetaram a economia da zona do euro, conforme indicado pela deterioração do indicador de sentimento das empresas do bloco divulgado este mês.

O BCE disse em seu comunicado após a reunião que “a inflação subjacente permanece alta em geral”. Disse também que as taxas básicas “serão fixadas em níveis suficientemente restritivos pelo tempo que for necessário para alcançar um retorno oportuno” da inflação à meta de 2%.

A declaração acrescentou que as decisões do conselho sobre as taxas “continuarão a se basear em sua avaliação das perspectivas de inflação à luz dos dados econômicos e financeiros que estão chegando”, entre outros fatores.

A Presidente do BCE, Christine Lagarde, disse em uma coletiva de imprensa após a reunião que a inflação da zona do euro “continua a diminuir, mas ainda se espera que permaneça muito alta por muito tempo”.

Lagarde enfatizou que os formuladores de políticas examinarão as estatísticas econômicas e os movimentos da inflação para decidir se aumentarão os juros básicos novamente em sua próxima reunião, em setembro. Ela disse que o BCE definitivamente não cortará as taxas, mas aumentará ou fará uma pausa no aumento.