A alta representante da agência de refugiados da ONU disse que o problema global dos refugiados precisa ser enfrentado pela sociedade como um todo e pediu ao Japão que aceite mais refugiados.
A Vice-Alta Comissária para Refugiados, Kelly Clements, falou à NHK em Tóquio na quarta-feira (31).
Dados da ONU mostram que 100 milhões de pessoas, ou mais de um por cento da população global, foram forçadas a deixar suas casas em 2022 devido a conflitos, desastres e outros fatores.
Teme-se que esse número aumente ainda mais em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia e à situação tensa no Sudão.
Clements expressou um forte sentimento de crise em relação à situação, dizendo: “Não veremos um desenvolvimento sustentável para todos se excluirmos 1% da população”.
Ela acrescentou: “Gostaríamos de ver menos pessoas tendo que se mudar. Mas se elas precisarem, precisamos encontrar uma maneira de incluí-las na sociedade.”
Ela enfatizou a necessidade de adotar o que chamou de “abordagem de toda a sociedade”, na qual não apenas um governo ou organizações como o Escritório do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, mas também o setor privado, trabalhem juntos para resolver a questão.
O Japão presidiu a última cúpula do Grupo dos Sete e será copresidente de um fórum global sobre refugiados no final deste ano.
Clements expressou sua expectativa de que o Japão desempenhe um papel de liderança, coordene com os países que aceitaram muitos refugiados e forneça apoio proativo na educação de refugiados e em outras áreas.
Ela agradeceu o fato de o Japão ter aceitado refugiados da Ucrânia.
Ela disse que o ACNUR incentivaria o Japão a receber mais pessoas que fogem da guerra e da perseguição.
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