Fim do apoio ao Wagner Group levou Prigozhin a se amotinar, diz parlamentar russo

Um legislador russo disse que Yevgeny Prigozhin, líder da empresa militar privada Wagner Group, tentou uma rebelião depois que lhe disseram que suas forças não receberiam nenhum apoio do governo.

O presidente do comitê de defesa da câmara baixa do parlamento russo, Andrey Kartapolov, fez o comentário na quinta-feira.

Ele disse que vários dias antes do motim, Prigozhin recusou uma exigência do Ministério da Defesa russo para assinar contratos com ele.

Kartapolov disse que Prigozhin foi então notificado de que o governo não forneceria à Wagner nenhum financiamento ou suprimentos. O legislador disse que isso é uma “coisa importante” para Prigozhin.

O legislador disse que Prigozhin acabou cometendo traição por causa de dinheiro, ambições exorbitantes e um estado de espírito agitado.

Os comentários de Kartapolov foram feitos em meio a um crescente foco no paradeiro de uma figura militar sênior russa.

A mídia ocidental informa que Sergei Surovikin, vice-comandante das operações militares da Rússia na Ucrânia, tinha conhecimento prévio dos planos de rebelião de Prigozhin. Ele supostamente tinha ligações estreitas com o líder Wagner.

Alguns meios de comunicação informaram que Surovikin havia sido detido.

Enquanto isso, as forças armadas ucranianas divulgaram o progresso em sua contraofensiva na região oriental de Donetsk.

O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse na quinta-feira que suas tropas tomaram a iniciativa estratégica no setor de Bakhmut e estão realizando operações ofensivas em uma frente ampla.

Ele também disse que as tropas ucranianas continuam a pressionar as forças russas nos flancos próximos a Bakhmut, expulsando-as dos territórios ocupados e consolidando as posições ucranianas. O lado russo disse em maio que suas forças haviam assumido o controle total de Bakhmut.

O chefe da inteligência militar da Ucrânia, Kyrylo Budanov, disse a um meio de comunicação local na quinta-feira que as forças Wagner eram a unidade de combate mais eficaz da Rússia e não participarão mais de combates em território ucraniano.