Polícia do Japão diz que os motivos do suspeito de assassinato estão sendo revelados

Um incidente mortal no centro do Japão na quinta-feira (25), tirou a vida de duas mulheres e dois policiais. Os possíveis motivos do agressor estão sendo revelados: ele achava que as mulheres o desprezavam.

A polícia prendeu um suspeito do sexo masculino, Aoki Masanori, que dirige uma empresa agrícola local na província de Nagano.

Duas moradoras mais velhas que viviam nas proximidades foram esfaqueadas até a morte enquanto, aparentemente, estavam fazendo uma caminhada juntas. Uma testemunha disse que quando os policiais chegaram ao local, Aoki se aproximou do carro de patrulha e atirou neles à queima-roupa com seu rifle de caça.

Após os ataques, Aoki se escondeu em sua casa por cerca de 12 horas e seu pai tentou persuadi-lo a sair e se render.

A polícia diz que Aoki disse ao pai que achava que as duas mulheres, que ele aparentemente não conhecia bem, estavam zombando dele como um “solitário” quando estavam passeando e conversando.

O pai teria dito que o filho sempre reagia de forma exagerada à palavra “solitário”, pois sofria bullying e era provocado quando era estudante universitário.

Aoki abandonou a universidade e seu pai o ajudou a participar de um grupo que trabalhava para preservar um festival local. Mas depois de alguns anos, o filho parou de participar do grupo.

Um homem que trabalhou com Aoki explicou que o filho não era um membro muito ativo do grupo. Ele disse que Aoki não falava com os outros a menos que alguém falasse com ele.

Um especialista em psicologia social diz que as pessoas que têm poucas experiências interpessoais tendem a se sentir mais solitárias se não conseguirem se relacionar bem com os outros.

Igarashi Tasuku, professor associado da Universidade de Nagoya, disse: “Passar repetidamente por tais fracassos pode levar ao que é chamado de viés cognitivo, em que um indivíduo começa a desconfiar dos outros e, finalmente, não confia em ninguém”.

Igarashi acrescentou que, de modo geral, os especialistas em psicologia acreditam que a solidão por si só não levaria a ataques tão cruéis e, portanto, alguma causa diferente foi, aparentemente, responsável.