ONU pede que o Talibã no Afeganistão acabe com os castigos físicos
Um relatório da ONU divulgado na segunda-feira (8), mostra um aumento no número de pessoas submetidas a castigos físicos no Afeganistão. O relatório pede que o Talibã, que tomou o poder em 2021, interrompa a prática.
O relatório da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão, ou UNAMA, diz que, em um período de cerca de seis meses até abril, 58 mulheres, 274 homens e dois meninos foram chicoteados por uma variedade de ofensas.
Esse foi um aumento de cerca de seis vezes em relação ao número registrado nos 15 meses anteriores. Os delitos incluíam roubo, homossexualidade e adultério.
O aumento ocorreu depois que o líder supremo do Talibã, Haibatullah Akhundzada, em novembro de 2022, supostamente ordenou que os juízes aplicassem totalmente a lei islâmica.
Em um caso, uma mulher morreu após ser chicoteada pela polícia de fato, de acordo com o relatório.
A UNAMA está pedindo ao Talibã que acabe com os castigos corporais, dizendo que a prática é uma violação da Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Punições Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
Em resposta ao relatório da ONU, o Talibã disse que 99% da população do Afeganistão segue o Islã e os princípios islâmicos, portanto as leis do país são determinadas de acordo com as regras e diretrizes islâmicas. Acrescentou que, “no caso de um conflito entre a lei internacional de direitos humanos e a lei islâmica, o governo é obrigado a seguir a lei islâmica”.
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