Famílias de 10 sul-coreanos pretendem aceitar o pagamento de fundos do governo para o trabalho em tempo de guerra

A Coréia do Sul informa que as famílias de 10 indivíduos, considerados pelo tribunal como tendo direito a danos de empresas japonesas por trabalho em tempo de guerra, expressaram sua intenção de receber pagamentos através de uma fundação filiada ao governo.

Em 2018, a Suprema Corte da Coréia do Sul ordenou que duas empresas japonesas pagassem indenização àqueles que dizem que eles ou seus parentes foram forçados a trabalhar para as mesmas durante a Segunda Guerra Mundial.

O governo sul-coreano anunciou no mês passado, um plano para que uma fundação filiada a ele fizesse pagamentos, no lugar das empresas japonesas.

O diretor geral para assuntos da Ásia e do Pacífico do Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul, Seo Min-jung, disse na quinta-feira (13), que 10 das 15 pessoas com direito a indenização mostraram sua intenção de receber dinheiro da fundação.

Seo disse que os outros cinco se opõem ao plano do governo e pretendem recusar o pagamento. Eles incluem três reclamantes que dizem ter sido forçados a trabalhar para as empresas japonesas.

Seo disse que o governo não perguntará àqueles que recebem pagamentos da fundação se renunciarão a seus pedidos de indenização por danos das empresas japonesas.

Ela disse que os pagamentos da fundação não têm como objetivo cancelar as reivindicações dos demandantes, mas que eles são uma tentativa de cumprir seus direitos legais.

Um grupo de apoio dos demandantes emitiu uma declaração na quinta-feira, reiterando suas críticas ao plano do governo. Ele disse que o plano atropela os direitos dos queixosos.

O Ministério das Relações Exteriores diz que continuará a esclarecer o plano.

O governo japonês diz que qualquer direito às reivindicações foi resolvido completamente por um acordo bilateral em 1965, quando o Japão e a Coréia do Sul normalizaram os laços diplomáticos.