Ucrânia pede reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a ameaça nuclear russa

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia convocou o Conselho de Segurança das Nações Unidas para realizar, imediatamente, uma reunião de emergência. Isso ocorre depois que a Rússia anunciou um plano para implantar armas nucleares táticas em Belarus.

O ministério fez a convocação em uma declaração publicada no domingo (26).

O presidente russo, Vladimir Putin, disse à mídia estatal no sábado (25), que uma instalação de armazenamento para essas armas será construída em Belarus até 1º de julho.

A declaração afirmou que a iniciativa da Rússia é mais um passo provocador da administração de Putin e mina os princípios básicos do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e o sistema de segurança internacional como um todo.

Disse: “A Rússia mais uma vez confirma sua incapacidade crônica de ser um possuidor responsável de armas nucleares”.

O ministério também exortou o G7 e a União Européia a “alertar as autoridades bielorrussas sobre as conseqüências de longo alcance para a o país se concordar em aceitar armas nucleares táticas da Rússia”.

Um porta-voz da aliança militar da OTAN disse em uma declaração que “a retórica nuclear da Rússia é perigosa e irresponsável”.

O oficial declarou que a OTAN está acompanhando de perto a situação e não viu nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia. A declaração acrescentou que a OTAN está empenhada em proteger e defender todos os seus aliados.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca dos EUA, John Kirby, disse à CBS News no domingo (26), que as autoridades americanas não viram qualquer indicação de que Putin tenha movido qualquer arma nuclear. Ele acrescentou que também não há qualquer indicação de que o presidente russo tenha qualquer intenção de usar armas nucleares na Ucrânia.

Kirby disse que as autoridades americanas estão monitorando a retórica da Rússia todos os dias desde o início da guerra na Ucrânia, mas que não viram nada que os levasse a mudar sua própria postura estratégica de dissuasão.