Míssil Balístico Intercontinental norte-coreano poderia alcançar todo o continente americano diz Ministro da Defesa do Japão

O ministro da defesa do Japão informa que um míssil balístico disparado pela Coréia do Norte no final da tarde de sábado (18), poderia ter como alvo todo o continente americano. Acredita-se que o projétil tenha sido um míssil balístico intercontinental, ou ICBM.

Hamada Yasukazu disse aos repórteres na noite de sábado (18), que o míssil poderia atingir uma distância de mais de 14.000 quilômetros, dependendo do peso da ogiva. Ele disse que o resultado foi baseado em um cálculo de sua trajetória de vôo.

As autoridades japonesas de defesa dizem que a Coréia do Norte lançou o míssil na direção leste às 17h21 do sábado. Eles estimam que o projétil caiu no mar por volta das 18:27h em águas a oeste de Oshima-oshima em Hokkaido, que fica dentro da Zona Econômica Exclusiva do Japão, ou ZEE.

Estima-se que o míssil tenha voado cerca de 900 quilômetros a uma altitude máxima de cerca de 5.700 quilômetros.

Eles também estimam que o míssil seguiu uma trajetória elevada em vez de ser lançado em um ângulo normal.

É a primeira vez que um míssil norte-coreano caiuou dentro da ZEE do Japão desde 18 de novembro do ano passado. O lançamento mais recente do Norte foi em 1º de janeiro deste ano.

Enquanto isso, o governo sul-coreano também confirmou o lançamento. Os Chefes de Estado-Maior do país estimam que a Coréia do Norte disparou um míssil balístico de longo alcance às 17h22 do sábado. Dizem que o míssil foi disparado na direção leste, vindo de Sunan, perto de Pyongyang.

A Agência de Notícias Yonhap da Coréia do Sul citou um oficial de defesa dizendo que o míssil era provavelmente um ICBM classe Hwasong-17.

Os militares da Coréia do Sul disseram que estão planejando realizar um exercício baseado no cenário de uma ameaça nuclear da Coréia do Norte em 22 de fevereiro. Também disse que realizará um exercício militar conjunto regular com as forças norte-americanas por onze dias, a partir de meados de março.

A Coréia do Norte reagiu com firmeza aos exercícios, dizendo que Seul e Washington estão planejando “os maiores exercícios de campo tático móvel de todos os tempos”.

Ela adverte que as duas nações “enfrentarão contra-ações fortes e persistentes sem precedentes”.