ONU relata 7.000 mortes de civis na Ucrânia, mas o número real pode ser muito maior
As Nações Unidas informam que mais de 7.000 civis foram mortos na Ucrânia desde que a invasão russa começou em fevereiro passado. Mas a ONU suspeita que o número real possa ser muito maior.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou, na segunda-feira (16), que pelo menos 7.031 civis foram mortos na Ucrânia desde 24 de fevereiro do ano passado, quando a invasão começou, até domingo (15). Afirmou que 433 das vítimas eram crianças.
Mas o gabinete suspeita que o número real de mortos pode ser muito maior devido a atrasos na confirmação de informações de zonas de batalha e áreas controladas pela Rússia.
No sábado (14), um míssil atingiu um prédio de apartamentos, de nove andares, na cidade de Dnipro, no leste do país.
As autoridades de emergência da Ucrânia dizem que pelo menos 44 pessoas, incluindo quatro crianças, foram mortas, e 79 feridas. Dizem que 20 pessoas ainda estão desaparecidas.
O gabinete presidencial russo insiste que a Ucrânia pode ter disparado o míssil por engano, mas o Ministério da Defesa britânico disse, na terça-feira, que um grande míssil russo anti-navio lançado de um bombardeiro “muito provavelmente” atingiu o prédio de apartamentos.
O ministério afirmou que o míssil russo é “notoriamente impreciso quando usado contra alvos terrestres, uma vez que seu sistema de orientação por radar é pobre para diferenciar alvos em áreas urbanas”. Também diz que as evidências sugerem que “a disfunção da capacidade de ataque de longo alcance da Rússia é mais profunda”.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou, na terça-feira, que seu ministro, Sergei Shoigu, visitou a sede de uma unidade em uma área de operações.
O ministério disse que a sede é uma das “Vostok”, que significa “Leste” em russo, mas não especificou a localização.
O ministério também divulgou um vídeo que mostra Shoigu encorajando os soldados a fazer o máximo para celebrar o dia da vitória o mais rápido possível.
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