Infecções por coronavírus no Japão apresentam ressurgimento

Os últimos números compilados pela NHK indicam uma recuperação das infecções por coronavírus em todo o Japão.

A média nacional de sete dias de novos casos até quinta-feira aumentou 46% em relação a uma semana atrás, depois de ter registrado ligeiros aumentos ou um declínio por três semanas.

A média diária de casos ficou em torno de 176.000 na quinta-feira (12), 55.000 a mais do que na semana anterior. A média subiu em todas as prefeituras.

O ritmo de aumento também subiu em todas as províncias. A contagem mais do que dobrou em Mie, e aumentou 87% em Hyogo e 85% em Shizuoka.

Shizuoka observou que o número médio diário de casos atingiu um recorde.

Miyazaki tem a proporção mais alta para sua população, com 1.914,12 casos por 100.000 pessoas. Sua média diária é de 2.925 casos.

Em Tóquio, a contagem média de casos de sete dias aumentou 4% na semana até 29 de dezembro. Caiu para 69% do número da semana anterior, na semana até 5 de janeiro, mas registrou um aumento de 22% até quinta-feira (12).

O Ministério da Saúde disse ter confirmado 144.077 novos casos e 480 mortes em todo o país na sexta-feira (13).

O professor da Universidade de Toho, Tateda Kazuhiro, adverte que deve haver muitas pessoas infectadas com apenas sintomas leves ou sem sintomas que não tenham relatado suas doenças às autoridades. Tateda, membro do painel consultivo do governo sobre o coronavírus, diz que a contagem real de casos pode ser o dobro dos números relatados.

O número de mortes diárias em todo o país atingiu um recorde de 489 na quinta-feira, e tem se mantido em níveis elevados desde o final de dezembro.

Tateda também diz que as infecções em lares para idosos e instalações de cuidados para pessoas com deficiências estão levando à morte de pessoas vulneráveis.

Ele sugere que tais instalações podem não ter médicos em tempo integral, e que os serviços médicos podem ser limitados.

Ele diz que pessoas infectadas desenvolveram pneumonia e morreram durante as fases anteriores do surto, mas muitas das mortes recentes envolvem pessoas cujas condições de saúde subjacentes se tornaram instáveis após terem sido infectadas pela COVID-19.

Tateda enfatizou a necessidade de analisar por que o número de mortes está aumentando na atual oitava onda do surto.