Autoridades do Japão e Coréia do Sul concordam em manter relações para resolver problemas

Autoridades sênior dos ministérios das relações exteriores japonês e sul-coreano concordaram em manter a comunicação para resolver questões bilaterais pendentes, incluindo a questão do trabalho em tempo de guerra.

Funakoshi Takehiro, que chefia o departamento de assuntos asiáticos e oceânicos do Ministério das Relações Exteriores do Japão, e o diretor geral para assuntos da Ásia e do Pacífico da Coréia do Sul, Seo Min-jung, realizaram conversações por cerca de três horas em Seul na segunda-feira (30).

Funcionários do Ministério das Relações Exteriores do Japão dizem que Funakoshi discutiu com Seo um plano proposto por Seul a respeito da questão do trabalho em tempo de guerra.

O plano pede uma fundação pública para oferecer pagamentos aos demandantes em ações trabalhistas em tempo de guerra em lugar de empresas japonesas que foram condenadas a pagar danos pela Suprema Corte da Coréia do Sul. A fundação está sob o governo da Coréia do Sul.

O governo japonês sustenta que qualquer direito a reivindicações foi resolvido completa e finalmente em 1965, quando o Japão e a Coréia do Sul normalizaram os laços diplomáticos.

Na reunião, os funcionários reafirmaram que os dois ministérios das relações exteriores continuarão as comunicações para que as questões pendentes sejam resolvidas, retornando os laços a um estado saudável e desenvolvendo ainda mais as relações bilaterais.

A administração do presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, tem o objetivo de restabelecer os laços bilaterais arrefecidos. Aparentemente, ela pretende elaborar rapidamente uma proposta oficial para resolver a questão do trabalho em tempo de guerra após as conversações de segunda-feira. Espera-se também que Seul busque medidas concretas junto a Tóquio.

Mas alguns dos demandantes da Coréia do Sul se opõem fortemente à idéia de utilizar uma fundação pública e insistem em um pedido de desculpas e indenização por parte das empresas japonesas.

A atenção está voltada para se o governo sul-coreano pode ganhar apoio público no país para seu plano.