Coréia do Norte dispara 2 mísseis balísticos de médio alcance

Os militares da Coréia do Sul informam que seu vizinho do norte disparou dois mísseis balísticos de médio alcance. Os analistas do país suspeitam que o lançamento envolveu pesquisas sobre motores de combustível sólido, que as forças armadas do Norte testaram recentemente.

Oficiais militares sul-coreanos dizem que Pyongyang os lançou de perto de Tongchang-ri, no noroeste do país, na direção leste, às 11h13 e 12h05 no domingo.

O Ministério da Defesa do Japão diz que ambos os mísseis voaram cerca de 500 quilômetros, com uma altitude máxima de 550 quilômetros. Os mísseis, aparentemente, caíram fora da zona econômica exclusiva do Japão, no Mar do Japão.

Um míssil balístico de médio alcance pode atingir alvos entre 1.000 a 3.000 quilômetros de distância. O documento de defesa da Coréia do Sul diz que os mísseis balísticos submarinos do Norte, chamados “Pukguksong” e “Pukguksong-2” que foram modificados para lançamento em terra são do mesmo tipo.

A Coréia do Norte anunciou, na sexta-feira (16), que testou com sucesso um motor de combustível sólido de alto impulso no dia anterior.

A mídia sul-coreana informa que os últimos tiros de teste são uma resposta à aprovação pelo Japão de três documentos-chave para reformular sua estratégia de defesa na sexta-feira.

O Norte disparou mísseis com uma frequência sem precedentes este ano. Autoridades japonesas dizem que sua última ação marca a 35ª ocasião em 2022 quando os mísseis foram lançados, incluindo mísseis de cruzeiro.

16 destes foram desde o final de setembro até o final de novembro. Pyongyang diz ter disparado um novo míssil balístico intercontinental, no dia 18 de novembro.

O Ministro de Defesa japonês, Ino Toshiro, disse: “Uma série de ações da Coréia do Norte que, rapidamente, escalam as provocações e ameaçam a paz e a segurança do Japão e da comunidade internacional não pode ser tolerada. Ela viola as resoluções relevantes do Conselho de Segurança. O Japão apresentou um forte protesto à Coréia do Norte através de sua embaixada em Pequim, e condenou fortemente a Coréia do Norte”.

O ministro de Estado da Defesa diz que o governo trabalhará em estreita colaboração com os Estados Unidos, a Coréia do Sul e outros países envolvidos para lidar com a situação.