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Mísseis russos matam duas pessoas na Polônia, membro da OTAN

Mísseis russos matam duas pessoas na Polônia, membro da OTAN

Mísseis russos mataram duas pessoas na Polônia, membro da OTAN, disse um alto funcionário da inteligência dos EUA à agência de notícias AP.

O primeiro ministro polonês, Mateusz Morawiecki, convocou uma reunião urgente para discutir a segurança nacional, disse um porta-voz do governo no Twitter.

A agência de notícias estatal PAP disse que a reunião seria realizada às 20h GMT.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, disse que os mísseis russos haviam atingido a Polônia e há muito tempo advertia que as ações russas não estavam limitadas à Ucrânia.

Ele acrescentou que um ataque em território da OTAN era uma “escalada significativa” e que uma ação é necessária.

Um oficial da OTAN disse que a aliança estava investigando e coordenando, estreitamente, com a Polônia.

A mídia polonesa disse que os mísseis atingiram uma área onde os grãos estavam secando, em Przewodow, uma vila no leste da Polônia, perto da fronteira com a Ucrânia.

“Os bombeiros estão no local – não está claro o que aconteceu”, disse o bombeiro Lukasz Kucy.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que os relatos de envolvimento russo foram uma “provocação deliberada com o objetivo de agravar a situação”.

Acrescentou em uma declaração: “Nenhum ataque a alvos próximos à fronteira estatal ucraniano-polonesa foi feito por meios russos de destruição”.

Entretanto, Moscou lançou um grande número de mísseis na Ucrânia, na terça-feira, derrubando a energia para sete milhões de lares.

Alguns dos mísseis atingiram Lviv, na Ucrânia ocidental, que fica a apenas cerca de 50 milhas da fronteira com a Polônia.

O vice-primeiro ministro da Letônia, Artis Pabriks, disse: “O regime criminoso russo disparou mísseis que não só atingiram civis ucranianos, mas também caíram em território da OTAN, na Polônia”.

“A Letônia está totalmente com os amigos poloneses e condena este crime”.

A ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, disse que estava acompanhando a situação de perto e em contato com os amigos poloneses e aliados da OTAN.

O Ministro da Defesa da Eslováquia, Jaroslav Nad, disse estar “muito preocupado com a queda de mísseis russos na Polônia”, acrescentando: “A Rússia deve explicar o que aconteceu. Ataques sem sentido à infra-estrutura devem parar imediatamente”.

“A imprudência da Rússia está ficando fora de controle”.

O primeiro ministro da Bélgica, Alexander De Croo, tuitou: “Somos todos parte da família da OTAN”.

O Ministério das Relações Exteriores da Estônia disse que as notícias da Polônia eram “muito alarmantes” e disse que estava pronto para defender “cada centímetro do território da OTAN”.

A OTAN tem um princípio de defesa coletiva que significa que um ataque contra um aliado é considerado um ataque contra todos os aliados.

Fabrice Pothier, ex-diretor de planejamento da OTAN, disse à Sky News que, um membro da OTAN que tivesse sido atacado poderia “acionar o artigo cinco” e chamar todos os outros membros para ajudar em sua defesa.

Ele acrescentou que era muito cedo para dizer se o que aconteceu na Polônia foi um “ataque intencional” ou se foi o “disparo acidental de um míssil”.

Entretanto, ele disse que havia razões suficientes para acionar o artigo quatro, que envolve membros da OTAN reunidos no QG da aliança para discutir a ameaça percebida “e para tomar ações concretas”.

Essas ações poderiam incluir o aumento das defesas aéreas tanto da Polônia quanto da Ucrânia, acrescentou o Pothier. Ele descreveu a Ucrânia como “de fato a primeira linha de defesa da aliança”.

Um porta-voz do Pentágono, dos EUA, disse que não tinha “nenhuma informação que corroborasse os relatórios da imprensa”, mas que os “levava a sério e os investigava”.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse: “Estamos investigando estes relatórios e estabelecendo uma estreita ligação com os aliados”.

A Polônia não esteve envolvida no conflito, mas acolheu milhões de refugiados ucranianos e condenou amplamente a guerra.

 

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