Apagões continuam na Ucrânia à medida que a batalha por Kherson se intensifica

As forças russas continuam seus ataques à infra-estrutura energética da Ucrânia, forçando milhões de pessoas a ficarem sem eletricidade na capital, Kyiv, e em outros lugares.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, disse, no domingo, que a eletricidade está sendo racionada em Kyiv e em outras regiões devido à escassez de energia. Ele disse que a partir da noite de domingo, mais de 4,5 milhões de pessoas estavam sem eletricidade.

Ele observou que a Rússia está concentrando forças e os meios para uma possível repetição de um ataque em massa à infra-estrutura do país. Ele enfatizou que os ucranianos devem suportar o inverno e ser mais fortes e se preparar para a liberação de seu território.

A agência de notícias estatal russa Tass, informou no domingo, que a eletricidade tinha sido cortada em mais de 10 assentamentos na região de Kherson, incluindo a cidade de Kherson. As forças ucranianas continuam sua ofensiva para retomar os territórios capturados pela Rússia na região sul.

As autoridades pró-russas em Kherson dizem que os apagões são o resultado de atos de sabotagem por parte da Ucrânia. Dizem que o abastecimento de água da cidade foi interrompido.

As tropas russas estão mostrando sinais de retirada das áreas próximas a Kherson. Mas os militares ucranianos estão desconfiados da operação de informação da Rússia, dizendo que Moscou pode estar se preparando para o combate urbano na cidade.

Na quinta-feira, o comandante-chefe das forças armadas da Ucrânia, General Valerii Zaluzhnyi, disse que a Rússia perdeu 278 aeronaves desde o início da invasão. Ele disse que é mais do dobro do número de aeronaves que a União Soviética perdeu durante a guerra no Afeganistão.

O Ministério da Defesa Britânico disse, em sua atualização de inteligência, na segunda-feira, que “a contínua falta de superioridade aérea da Rússia é, provavelmente, agravada pelo fraco treinamento, perda de tripulações experientes e maiores riscos de conduzir apoio aéreo próximo em zonas densas de defesa aérea”.

A informação dizia que as perdas de aeronaves da Rússia devem superar sua capacidade de fabricar novas estruturas aéreas e que é improvável que a situação mude nos próximos meses.