Presidente do Banco do Japão enfrenta situação difícil nos últimos seis meses
O atual mandato do presidente do Banco do Japão, Kuroda Haruhiko, termina em 8 de abril, e uma série situações economicamente adversas podem tornar seus últimos seis meses de trabalho alguns dos mais difíceis.
Kuroda está no cargo há uma década e é o líder mais antigo do Bank of Japan – BOJ.
Quando tomou posse, o banco central anunciou uma meta de 2% de inflação, para tirar o Japão da deflação e de uma recessão econômica.
Kuroda tem supervisionado uma política de flexibilização monetária maciça nos últimos nove anos e meio, e ele insiste que ela deve permanecer em vigor, por enquanto.
Ele diz que, embora o índice de preços ao consumidor do Japão tenha ficado acima de 2% por cinco meses consecutivos desde abril, o aumento dos preços das commodities não é acompanhado de aumentos salariais.
Enquanto isso, o iene continua a desvalorizar-se, à medida que os Estados Unidos e os países europeus se movimentam para intensificar a política monetária.
Em 22 de setembro, o governo japonês e o BOJ intervieram no mercado monetário pela primeira vez em 24 anos.
Se o banco central continuar sua política de flexibilização monetária, o iene poderá enfraquecer ainda mais e fazer subir os preços das matérias-primas. Por outro lado, uma abordagem mais radical poderia prejudicar a economia.
No mês passado, Kuroda disse que o BOJ não iria aumentar as taxas de juros, por enquanto. Ele também indicou que ainda levaria algum tempo para atingir uma inflação de 2%, acrescentando que ela pode não ser atingida sem aumentos salariais.
Kuroda disse que a situação ainda será difícil daqui a um ou dois anos, muito depois de ele ter partido da presidência do BOJ.
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