Pesquisadores no Japão iniciam estudo de terapia genética para a doença de Parkinson

Pesquisadores, no Japão, iniciaram um estudo de um tratamento para a doença de Parkinson, injetando genes em um paciente. Este é, alegadamente, o primeiro ensaio clínico deste método de tratamento no país.

Uma equipe do Hospital Universitário Médico Jichi iniciou o teste na segunda-feira (17). Um paciente, na casa dos 50 anos, participou.

A equipe injetou os genes diretamente no cérebro do paciente, com o objetivo de estimular o corpo a produzir um composto químico chamado dopamina, um químico cerebral que envia sinais de mobilidade para outras partes do corpo.

A Parkinson é uma doença progressiva, na qual os pacientes perdem, gradualmente, a capacidade de se mover. Seus membros podem tremer e o corpo se torna rígido. A doença é causada por anormalidades nas células responsáveis pela produção de dopamina.

Doze pacientes serão monitorados durante o próximo ano para verificar a segurança e a eficácia do tratamento. Os cientistas dizem que pretendem obter aprovação para utilizá-lo como um novo método de tratamento.

Muramatsu Shinichi, professor da Jichi Medical University, que liderou o grupo, disse que se pode esperar uma melhora a longo prazo nos sintomas a partir de uma sessão de tratamento, se a dopamina for gerada. Ele disse que quer ajudar a mitigar o estresse dos pacientes e melhorar sua qualidade de vida.

O Ministério da Saúde informa que há mais de 140.000 pacientes com Parkinson no Japão. Existem medicamentos para aliviar os sintomas ou retardar sua progressão, mas uma cura básica ainda não foi encontrada.

Pesquisadores dentro e fora do Japão estão explorando métodos para curar a doença, incluindo um ensaio clínico realizado por uma equipe da Universidade de Kyoto que envolve a tecnologia iPS – células-tronco pluripotentes induzidas.