Japão suspende controles fronteiriços do coronavírus chinês para receber mais visitantes

O Japão reintroduzirá um programa de isenção de visto para turistas de curto prazo, e permitirá a visita de estrangeiros individuais, não acompanhados, nesta terça-feira, já que o país suspende a maior parte de seus controles de fronteira do COVID-19.

A indústria do turismo do Japão estava em plena expansão nos anos pré-pandêmicos. Quase 32 milhões de turistas visitaram o país em 2019, mais que o dobro em 2014. A quantia que gastaram anualmente no Japão foi de cerca de 33 bilhões de dólares.

Mas os surtos de coronavírus chinês levaram o governo a aumentar as medidas de controle nas fronteiras, forçando as companhias aéreas internacionais a suspender ou reduzir os vôos.

O número de turistas que visitaram o Japão caiu mais de 87% de 2019, para 4,1 milhões em 2020. Em 2021, o Japão recebeu apenas 240.000 turistas estrangeiros, o que representa uma queda de mais de 99% em relação a 2019.

O governo começou a flexibilizar as restrições de entrada este ano. Em abril, aumentou o limite diário do número de chegadas de 7.000 para 10.000, em resposta a pedidos de estudantes estrangeiros e outros que desejavam visitar o Japão.

Em junho, o Japão reabriu suas portas aos turistas estrangeiros, pela primeira vez em cerca de dois anos. Além disso, o limite de chegadas foi aumentado para 20.000 visitantes por dia. Mas os vistos foram limitados àqueles reservados em pacotes turísticos registrados e acompanhados por guias.

O retorno dos turistas estrangeiros tem sido lento. Em junho, 252 pessoas visitaram o Japão. O número aumentou para 7.903 em julho, e 10.826 em agosto.

Funcionários da indústria do turismo dizem que a preferência dos cidadãos ocidentais por viagens sem acompanhante pode ser um fator. Os funcionários também dizem que muitos estão relutantes em passar por um processo complicado para obter um visto.

Em setembro, o governo aumentou, novamente, o limite diário nas chegadas para 50.000, e começou a permitir a entrada de turistas em viagens sem guia.