Irã acusa EUA e Israel pelos protestos no país

O o ditador, ou líder supremo, do Irã acusou os Estados Unidos e Israel de provocar os protestos desencadeados pelo assassinato de uma mulher que foi presa pela forma como usava seu lenço de cabeça, ou “hijab”.

Em um discurso, na segunda-feira, o aiatolá Ali Khamenei quebrou seu silêncio sobre os protestos, em andamento, que começaram depois que Mahsa Amini, de 22 anos, morreu no mês passado enquanto estava presa. Os manifestantes acreditam que ela foi espancada pela polícia.

Khamenei disse ter ficado com o coração partido pela morte dela. Mas ele descreveu cenas de manifestantes incendiando bancos e carros como incomuns. Ele afirmou que a agitação foi orquestrada pelos EUA e Israel.

Khamenei expressou apoio à repressão das autoridades judiciais contra os manifestantes. Ele disse que aqueles que se envolveram em sabotagem deveriam ser punidos em conformidade.

Os últimos distúrbios foram caracterizados por uma série de confrontos entre manifestantes e forças de segurança, principalmente nos campus universitários em todo o país.

A mídia estatal disse que 41 pessoas morreram até agora. Os ativistas de direitos humanos dizem que o aiatolá subestima o verdadeiro número de mortos. Os observadores temem que uma nova repressão possa resultar em mais mortes.