Coréia do Sul impõe as primeiras sanções unilaterais contra a Coréia do Norte, desde 2017

A Coréia do Sul anunciou sanções unilaterais contra a Coréia do Norte pela primeira vez em quase cinco anos.

A medida é uma resposta aos repetidos lançamentos de mísseis de Pyongyang.

O Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul anunciou as sanções na sexta-feira, observando que o país condena, fortemente, as provocações de mísseis do Norte, com uma frequência sem precedentes. Também disse que os lançamentos foram, aparentemente, realizados sob um cenário de uso de armas nucleares táticas contra a Coréia do Sul.

As sanções visam 15 indivíduos e 16 organizações. Os indivíduos incluem altos funcionários da Segunda Academia de Ciências da Natureza, do exército norte-coreano, que se acredita serem os responsáveis pelo desenvolvimento nuclear e de mísseis do país. As organizações designadas incluem o Ministério da Indústria de Foguetes e suas empresas comerciais relacionadas.

O anúncio dizia que os indivíduos estavam envolvidos em programas nucleares e de mísseis ou na aquisição de materiais necessários. As organizações estavam, alegadamente, ligadas aos esforços de Pyongyang para escapar das sanções baseadas nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

O Ministério das Relações Exteriores disse que a decisão contribuirá para fortalecer a coordenação com os Estados Unidos e o Japão, que já impuseram suas próprias sanções.

As últimas sanções unilaterais da Coréia do Sul ocorreram em dezembro de 2017, após o lançamento de um míssil balístico intercontinental Hwasong-15 pela Coréia do Norte, no mês anterior.

A mídia sul-coreana diz que o anúncio pode ter apenas efeitos simbólicos, já que as transações comerciais inter-coreanas pararam devido às sanções passadas.