Combates se intensificam após oito meses da invasão russa da Ucrânia

Os militares ucranianos continuam a intensificar sua contra-ofensiva no sul do país, enquanto as forças russas estão, persistentemente, realizando ataques à infra-estrutura energética.

Esta segunda-feira marca oito meses desde que a Rússia iniciou sua invasão da Ucrânia. É provável que a luta se intensifique à medida que o inverno se aproxima.

As tropas ucranianas estão avançando nas regiões leste e sul desde setembro, para recuperar mais território do controle russo.

Os combates ferozes continuam na região sul de Kherson, que foi anexada unilateralmente por Moscou.

As autoridades pró-russas da região dizem que as evacuações estão em andamento e que as tropas russas também começaram a recuar.

A principal cidade da região, Kherson, está ocupada por russos desde março.

Nas últimas semanas, as forças russas realizaram uma barragem de ataques com mísseis e drones contra usinas elétricas ucranianas e outras instalações energéticas.

Os ataques derrubaram a eletricidade em toda a Ucrânia. A Rússia, aparentemente, está tentando exercer pressão psicológica sobre o povo ucraniano à medida que o inverso se aproxima.

A Meduza, órgão independente de mídia online russo, informou que soldados do grupo privado Wagner começou a construir linhas de defesa na região leste de Luhansk e em outros lugares, neste mês.

As linhas defensivas são criadas para bloquear os blindados ucranianos. Também foi noticiado que as minas terrestres serão colocadas ao longo das fileiras de blocos de concreto.

Imagens de satélite mostram os blocos, assim como as trincheiras sendo cavadas.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia disse que seu ministro, Sergei Shoigu, falou por telefone com seu homólogo americano, Lloyd Austin, no domingo. Os dois realizaram conversações telefônicas dois dias antes.

Shoigu também falou por telefone, separadamente, com os ministros da Defesa da França, Turquia e Grã-Bretanha no domingo.

Os observadores estão se perguntando o que Shoigu discutiu nessas conversas, em meio a temores crescentes de que o presidente russo, Vladimir Putin, pudesse recorrer ao uso de armas nucleares.