Primeiro navio de cereais da Ucrânia inspecionado no Estreito de Bósforo
Uma equipe de funcionários russos e ucranianos começou a inspecionar, nesta quarta-feira (3), na entrada do Estreito de Bósforo, ao largo de Istambul, o primeiro carregamento de cereais exportados pela Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro.
O Razoni, um cargueiro de bandeira da Serra Leoa, chegou à costa norte de Istambul, no Mar Negro, na terça-feira (2), depois de deixar o porto ucraniano de Odessa, na segunda-feira (1), com 26.000 toneladas de milho.
O carregamento destina-se ao porto de Trípoli, no Líbano.
Segundo o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kouleba, há mais 16 navios carregados de cereais prontos para partir do porto de Odessa.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou “calorosamente” a partida do Razoni, manifestando a esperança de que a retomada das exportações ucranianas, um dos maiores produtores de cereais do mundo, “proporcione a estabilidade e a assistência essenciais para a segurança alimentar mundial”.
O presidente da Ucrânia disse que o objetivo é, agora, a continuidade e regularidade de entrega de cereais aos consumidores da produção agrícola do país
O acordo assinado em 22 de julho pela Rússia e Ucrânia, mediado pela Turquia e sob a égide das Nações Unidas, permite a retomada dos carregamentos para os mercados mundiais de cereais ucranianos, bloqueados desde a invasão russa, sob supervisão internacional.
O documento inclui o estabelecimento de corredores seguros, para permitir aos navios mercantes viajar no Mar Negro e exportar 20-25 milhões de toneladas de cereais.
“Esperemos que os acordos sejam implementados por todas as partes e que os mecanismos funcionem eficazmente”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Um acordo semelhante, assinado ao mesmo tempo, garante à Rússia a exportação dos seus produtos agrícolas e fertilizantes, apesar das sanções ocidentais.
Ambos os acordos se destinam a ajudar a atenuar a crise alimentar global causada pelo aumento dos preços dos alimentos em alguns dos países mais pobres do mundo.
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