Preparativos em andamento para a visita da Agência Internacional de Energia Atômica à usina de Zaporizhzhia

Estão sendo tomadas providências para que uma equipe de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA, visite a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, onde o bombardeio contínuo está levantando preocupações sobre um grave acidente.

A grande usina nuclear, no sudeste da Ucrânia, foi tomadas pelas forças russas. A Ucrânia e a Rússia culparam-se mutuamente pelos ataques de sábado.

O diretor geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, espera liderar a equipe para visitar a usina já nesta semana.

A empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia, Energoatom, diz que o pessoal da usina está sob crescente pressão das forças russas para não falar sobre o aumento do número de militares.

A agência de notícias estatal russa, Tass, informou que as tropas russas detiveram dois funcionários da Zaporizhzhia por, supostamente, entregarem informações ao lado ucraniano.

A agência também disse que 26 funcionários foram detidos desde que a Rússia assumiu o controle da usina em março.

Acredita-se que os militares russos estejam transformando a usina em uma base. Todas as atenções estão voltadas para saber se a visita planejada da AIEA ajudará a garantir a segurança da instalação.

O Ministério da Defesa da Rússia disse, no sábado, que suas tropas mataram mais de 200 soldados ucranianos na região leste de Kharkiv.

O ministério também disse que um ataque com mísseis destruiu um depósito dos sistemas de mísseis HIMARS, fornecidos pelos EUA, na região leste de Dnipropetrovsk.

Acredita-se que as baixas humanas no lado russo sejam enormes.

O presidente, Vladimir Putin, emitiu um decreto, na quinta-feira passada, para aumentar o número total de soldados no exército do país em mais de 130.000 para 1,15 milhões.

Mas o Ministério da Defesa britânico disse, no domingo, que ainda não está claro como “a Rússia tentará preencher esta maior alocação”.

O ministério também disse que “é improvável que o decreto faça progressos substanciais no sentido de aumentar o poder de combate da Rússia na Ucrânia”.