Kishida diz que Japão investirá 30 bilhões de dólares na África

O primeiro-ministro, Kishida Fumio, disse que os setores público e privado do Japão investirão 30 bilhões de dólares durante os próximos três anos para apoiar o crescimento na África.

Em um discurso, online, na Conferência Internacional de Tóquio sobre Desenvolvimento Africano ou TICAD, no sábado, Kishida disse que a África é um continente jovem, cheio de esperança e dinâmico.

Ele mencionou o fato de que a África está projetada para constituir um quarto da população mundial até 2050.

Kishida co-preside a reunião, mas não pôde viajar para a Tunísia, onde a conferência está sendo realizada, pois está se recuperando do coronavírus chinês.

Ele disse que o Japão quer fazer parceria com países do continente, crescer juntos e alcançar uma África robusta, com uma abordagem japonesa, de concentração nas pessoas.

O Japão planeja investir 4 bilhões de dólares no desenvolvimento da energia verde, incluindo a expansão do uso de energia renovável, e que isso também facilitará os investimentos destinados a apoiar as empresas em fase de início – startups.

Além disso, Kishida disse que o Japão fornecerá até 5 bilhões de dólares em financiamentos, incluindo novos fundos destinados à reestruturação de empréstimos, para investir em infra-estrutura, a fim de melhorar a vida das pessoas.

Ele também disse que o Japão treinará 300.000 trabalhadores qualificados durante os próximos três anos, em uma ampla gama de áreas, incluindo indústria, saúde, assistência médica, educação e agricultura.

Referindo-se à invasão da Ucrânia, Kishida disse que a Rússia está minando a fundação da ordem internacional. Ele disse que se o mundo desistir das regras baseadas na ordem e aceitar a mudança unilateral do status quo, isso terá impacto na África e no resto do mundo.

Kishida disse que o Japão fornecerá 300 milhões de dólares em novos empréstimos para fortalecer o sistema de produção de alimentos, dizendo que a escassez alimentar da África se tornou mais grave, à medida que as exportações de grãos da Ucrânia foram interrompidas.