Ministro das Relações Exteriores da Lituânia pede um corredor para exportar cereais ucranianos

O Ministro das Relações Exteriores da Lituânia propôs a abertura de um corredor de navegação seguro no Mar Negro para permitir a retomada das exportações de cereais da Ucrânia.

Gabrielius Landsbergis falou com a NHK na terça-feira (7), em Tóquio.

Ele disse que a invasão da Ucrânia provou que a Rússia é “um vizinho agressivo, pronto e disposto a usar a força militar para atacar seus vizinhos”.

Ele também disse que seu país compartilha uma fronteira de 700 km com Belarus, cujo território foi usado pelas tropas russas para atacar a Ucrânia.

Ele observou que com o enclave russo de Kaliningrado, a oeste, a Lituânia está “espremida entre dois agressores”.

Landsbergis indicou que o país báltico solicitará à OTAN que envie mais tropas para seu território. A Lituânia é um membro da aliança militar.

Sobre o bloqueio russo dos portos do sul da Ucrânia que impede a exportação de grãos, ele disse que a criação de um “corredor seguro poderia ser uma das opções”.

Ele pediu aos países ocidentais que forneçam armas à Ucrânia para que seus navios não sejam atacados pelas forças russas, acrescentando que é necessária uma garantia de proteção.

O ministro propôs um comboio formado por navios de países dispostos a escoltar embarcações de transporte de grãos de Odesa até o Estreito de Bósforo.

Ele indicou que pedirá ao Japão e a outros países que participem.

As relações da Lituânia com a China deterioraram-se depois que a nação báltica permitiu que Taiwan abrisse um escritório de representação com seu próprio nome no ano passado.

Landsbergis disse que as exportações para a China caíram para quase zero.

Ele também disse que as ações da China contra a Lituânia “mostraram claramente até que ponto a China pode ir quando quer mudar a política externa de um país”.

Mas ele disse que os laços entre as sociedades democráticas com os mesmos ideais são muito mais fortes e a confiança que se constrói através desses laços é “muito mais duradoura e também muito mais benéfica para os países”.