China reforça a segurança em torno da Praça Tiananmen 33 anos após o massacre
As autoridades chinesas reforçaram a segurança em torno da Praça Tiananmen em Pequim, no sábado (4), que marcou o 33º aniversário do massacre contra manifestantes pró-democracia.
Em 4 de junho de 1989, as tropas chinesas abriram fogo sobre estudantes e outros que se reuniram dentro e ao redor da praça para exigir democracia. O incidente resultou em um grande número de mortos.
As autoridades chinesas sustentam que tomaram a decisão certa ao responder aos protestos. Em uma resolução histórica adotada no ano passado, o Partido Comunista Chinês se referiu ao massacre como “tumulto”.
A discussão pública do incidente tem sido considerada tabu na China, onde as informações são estritamente controladas.
No sábado (4), um grande número de policiais foi mobilizado em torno da praça e foram criados postos de controle improvisados para verificar os pertences dos visitantes.
O número de visitantes da praça está restrito até 15 de junho, como parte das medidas anti-coronavírus da cidade.
Um grupo de parentes das vítimas chamado “Tiananmen Mothers” colocou uma carta na internet dirigida ao governo da China e seus líderes.
A carta diz que a caracterização unilateral e a retórica do partido no poder e do governo da China são desprovidos de humanidade. Afirma que elas não resistirão ao teste da história.
Um membro central do grupo, Zhang Xianling, perdeu seu filho de 19 anos na repressão.
A mãe, de 84 anos, disse que estaria convencida de que seu filho não morreu em vão somente quando o incidente for investigado minuciosamente e a verdade for esclarecida.
O governo chinês e o Partido Comunista, aparentemente, estão tentando reprimir qualquer crítica contra eles no período que antecede um congresso do partido, agendado para o final deste ano. No congresso, o presidente Xi Jinping pretende um terceiro mandato, sem precedentes, como líder do partido.
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