Novo presidente das Filipinas afirma que falará com a China baseado na decisão do tribunal de 2016 sobre o Mar do Sul da China

O presidente eleito das Filipinas afirma que sua administração manterá conversações com Pequim sobre suas disputas territoriais no Mar do Sul da China com base em uma decisão do tribunal de arbitragem internacional de 2016. A decisão indeferiu as reivindicações da China em relação a quase todas as águas.

Ferdinand Marcos Jr. falou em um vídeo online publicado na quinta-feira (26), discutindo sua política externa pela primeira vez desde que ganhou as eleições presidenciais no início deste mês. Ele assumirá oficialmente a presidência em 30 de junho.

Em relação ao Mar do Sul da China, Marcos disse que não “permitirá que um único milímetro” dos “direitos costeiros marítimos das Filipinas seja pisoteado”. Ele se comprometeu a “falar com a China de forma consistente com uma voz firme”.

Marcos descreveu a decisão de 2016 do tribunal de arbitragem em Haia como uma decisão “muito importante” a favor de seu país. Ele disse que sua administração usará a decisão para continuar a reivindicar os “direitos territoriais” das Filipinas.

Seus últimos comentários contrastam fortemente com sua observação no período que antecedeu as eleições presidenciais de que a decisão “não foi eficaz”.

As Filipinas apresentaram o caso no tribunal em 2013. Sua vitória foi baseada na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, mas o presidente cessante Rodrigo Duterte não aceitou a decisão.

Vietnã, Malásia e outros também têm suas próprias reivindicações no Mar do Sul da China.