Chefes de defesa do Japão e dos EUA concordam em fortalecer a cooperação

Os chefes de defesa do Japão e dos Estados Unidos concordaram em cooperar estreitamente para lidar com os repetidos lançamentos de mísseis da Coréia do Norte e as crescentes atividades marítimas da China.

O Ministro da Defesa do Japão, Kishi Nobuo, e o Secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, reuniram-se no Pentágono, nos arredores de Washington, na quarta-feira(4).

Eles reafirmaram que seus países, juntamente com a Coréia do Sul, continuarão a trabalhar de perto na questão da Coréia do Norte, pois os repetidos lançamentos de mísseis de Pyongyang representam uma séria ameaça e não podem ser tolerados.

Tendo em vista a invasão russa da Ucrânia, Kishi disse que as tentativas unilaterais de mudar o status quo pela força é uma preocupação também no Indo-Pacífico. Ele disse que dissuadir tal movimento é de suma importância.

Kishi e Austin concordaram em fortalecer sua cooperação em relação a China. Eles também enfatizaram a importância da paz e da estabilidade em todo o Estreito de Taiwan.

Os dois condenaram fortemente a invasão russa da Ucrânia e confirmaram seu compromisso de trabalharem juntos na prestação da maior assistência possível à Ucrânia.

Kishi transmitiu a disponibilidade do Japão para reforçar, fundamentalmente, suas capacidades de defesa, já que pretende revisar sua Estratégia de Segurança Nacional e outros documentos de defesa antes do final do ano.

A revisão estudará propostas feitas pelo principal partido governante, o Partido Liberal Democrático. Elas incluem apelos para que o Japão possua “capacidade de contra-ataque” e aumente o orçamento de defesa do país.

Kishi e Austin concordaram em coordenar estreitamente suas estratégias.

Austin reafirmou o “compromisso inabalável de seu país com a defesa do Japão para incluir nossos compromissos de dissuasão ampliados, utilizando toda a nossa gama de capacidades convencionais e nucleares”.

Kishi respondeu que, dada a atual situação global, tornou-se mais crucial do que nunca para o Japão e os Estados Unidos tornar a dissuasão confiável.