Ucrânia acusa Rússia de crimes de guerra após encontrar civis assassinados nos subúrbios de Kyiv

As autoridades ucranianas estão investigando potenciais crimes de guerra depois que centenas de civis foram encontrados mortos nos subúrbios de Kyiv. Mas a Rússia está negando as alegações.

A Ucrânia retomou a região nos arredores da capital das forças russas. As autoridades dizem que quando as tropas ucranianas se deslocaram para a cidade de Bucha, encontraram civis mortos nas ruas. O prefeito da cidade disse à Reuters que alguns tinham suas mãos e pés amarrados e tinham sido baleados à queima-roupa.

A Procuradora-Geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, disse que os corpos de 410 civis haviam sido encontrados nas cidades perto de Kyiv. Os promotores ucranianos estão investigando possíveis crimes de guerra cometidos pela Rússia.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, está acusando as forças russas de cometerem “genocídio” na região.

Zelenskyy disse: “Olhando para o que aconteceu em Bucha e em outras cidades de onde os invasores foram expulsos, pode-se ver centenas de pessoas mortas. Os civis foram torturados e fuzilados e há corpos nas ruas. A área foi minada. Até mesmo os corpos dos mortos foram armadilhados. ”

O Ministério da Defesa da Rússia alega que as imagens de cadáveres foram gerenciadas pelo governo da Ucrânia para a mídia ocidental. Diz que os civis não foram alvo enquanto a cidade estava sob controle russo.

Os líderes mundiais estão condenando as denúncias.

Em uma declaração, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que os ataques da Rússia contra civis inocentes são provas de que os militares estão cometendo crimes de guerra.

O presidente francês, Emmanuel Macron, tweetou que as autoridades russas terão que responder pelos crimes.

O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, disse aos repórteres que seu governo vai considerar mais sanções contra a Rússia. Kishida disse: “O Japão também deve criticar e condenar severamente este tipo de ato, que podem constituir uma crise humanitária e violar as leis internacionais”.

As alegações ocorrem em um momento crítico. Os negociadores da Ucrânia e da Rússia estão dispostos a retomar as negociações de cessar-fogo na segunda-feira (4), mais de cinco semanas após o início da invasão.
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