Biden acusa a Rússia de genocídio na Ucrânia

A invasão russa da Ucrânia destruiu cidades e matou milhares de civis enquanto a guerra se arrastava para sua oitava semana. Agora, o presidente dos EUA diz que estes ataques equivalem a um “genocídio”.

Joe Biden usou o termo pela primeira vez na terça-feira (12), enquanto anunciava uma nova política energética. Seu gabinete foi forçado a responder alguns dos comentários recentes de Biden sobre o presidente russo Vladimir Putin, que ele descreve como um criminoso de guerra.

Biden disse, mais tarde, aos repórteres que mantém suas últimas palavras. Ele disse: “As evidências estão aumentando. Um pouco diferente do que era na semana passada. Porém, mais provas estão surgindo, literalmente, das coisas horríveis que os russos fizeram na Ucrânia”.

As forças russas estão intensificando sua ofensiva no leste da Ucrânia, incluindo a segunda maior cidade de Kharkiv.

Um residente disse: “Como as tropas russas podem atirar em casas pacíficas, residentes pacíficos? Nós não fizemos nada para incomodá-los. Eles são monstros, bestas”.

Os analistas militares dizem que a batalha pelo porto estratégico de Mariupol poderia definir o curso da guerra. O Ministério da Defesa russo disse, nesta quarta-feira (13), que mais de 1.000 tropas ucranianas haviam se rendido na cidade sitiada. Mas um porta-voz dos militares ucranianos negou essa afirmação.

O Batalhão Azov está ajudando a defender a cidade. Na terça-feira, ele postou um vídeo afirmando que as forças russas haviam lançado uma substância química.

Três pessoas no vídeo dão detalhes sobre o suposto ataque. Elas disseram que notaram fumaça, depois começaram a ter dificuldade para respirar e perderam a consciência.

Um comandante militar ucraniano disse: “O epicentro do ataque não foi próximo à localização da população. Como resultado, o contato deles com a substância foi mínimo, o que possivelmente salvou suas vidas, mas há algumas conseqüências”.

Um porta-voz das forças separatistas apoiadas pela Rússia negou ter usado armas químicas em Mariupol. Mas ele havia insinuado, anteriormente, que seu lado poderia usá-las.

O secretário de Estado americano disse que Washington não pode confirmar o que aconteceu e está trabalhando com aliados para descobrir.

Antony Blinken disse: “Nós tínhamos informações confiáveis de que as forças russas poderiam usar uma variedade de agentes antimotim, incluindo gás lacrimogêneo misturado com agentes químicos”.

Enquanto isso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, elogiou seu serviço de segurança por deter o aliado político mais destacado do Kremlin na Ucrânia. O fugitivo, Viktor Medvedchuk, é o ex-líder de um partido pró-russo da oposição e um colaborador próximo de Putin.

Zelenskyy disse: “Então, se Medvedchuk optou por usar um uniforme militar, ele deveria estar sob as regras do tempo de guerra. Proponho à Rússia trocar o homem deles por nossos homens e mulheres em cativeiro russo. É importante que nossas forças da lei e agências militares considerem esta possibilidade”.

As esperanças de conversações de paz estão desaparecendo, com Putin as descrevendo como em um “beco sem saída”.

O conselheiro de Zelenskyy reconhece que tais negociações são muito difíceis. Mas ele diz que as conversações on-line continuam em nível de grupo de trabalho.