Zelenskyy pede zona de exclusão aérea e apoio militar dos EUA
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, dirigiu-se ao Congresso dos Estados Unidos através de um link de vídeo. Ele pediu apoio na luta contra a invasão russa. Os ataques contra seu país deixaram centenas de mortos e levaram 3 milhões de pessoas a fugir do país.
Zelenskyy disse: “A Rússia não atacou apenas nós, não apenas nossa terra, não apenas nossas cidades. Ela entrou numa brutal ofensiva contra nossos valores, valores humanos básicos. Atirou tanques e aviões contra nossa liberdade, contra nosso direito de viver livremente em nosso próprio país, escolhendo nosso próprio futuro”.
Zelenskyy apelou para a criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia para proteger seus cidadãos de ataques aéreos. Ele disse que se esse passo não for possível, ele quer que os EUA forneçam aeronaves e sistemas de defesa aérea.
Zelenskyy disse que a Rússia disparou quase 1.000 mísseis e incontáveis bombardeios. Ele apelou aos EUA, como o líder do mundo livre, para ajudar seu país.
“Hoje, o povo ucraniano não está defendendo apenas a Ucrânia. Estamos lutando pelos valores da Europa e do mundo, sacrificando nossas vidas em nome do futuro. É por isso que hoje, o povo americano está ajudando não apenas a Ucrânia, mas a Europa e o mundo a manter o planeta vivo, para manter a justiça na história”.
Os líderes da OTAN têm sido cautelosos em criar uma zona de exclusão aérea, dizendo que esse passo poderia levar a aliança a uma guerra com a Rússia.
O discurso ocorre quando a capital da Ucrânia, Kyiv, está sob um toque de recolher de 35 horas desde terça-feira (15) à noite.
As autoridades ucranianas dizem que uma área residencial foi atacada durante o toque de recolher. Um edifício residencial de alto nível, perto do centro da cidade, foi muito danificado. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas.
O prefeito de Kyiv, Vitali Klitschko, disse: “Vemos o resultado de bombardeios a civis. Pessoas morreram. Trata-se de um caso de crime internacional”.
O intenso bombardeio devastou a cidade de Mariupol, no sudeste do país. Uma escola primária foi destruída.
Um cidadão disse: “Somente estudantes estavam aqui”. Não havia militares. Eu não sei porque este lugar foi destruído”.
O chefe da polícia da cidade disse à NHK que os hospitais estão lotados e não têm remédios suficientes. Ele disse: “As pessoas estão cavando valas comuns em parques e perto de hospitais. A situação aqui pode ser pior que a da cidade síria de Aleppo”.
Os negociadores ucranianos e russos continuam suas conversações. O lado ucraniano está exigindo um cessar-fogo imediato e a retirada das forças russas.
O delegado principal de Moscou sugeriu que os oficiais estão discutindo um quadro para garantir a segurança da Ucrânia sem que o país entre na OTAN.
Os ministros da defesa da OTAN reuniram-se em Bruxelas para discutir formas de reforçar sua dissuasão contra a Rússia.
O Secretário Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse: “Isto é devastador para o povo ucraniano. E também vai mudar nosso ambiente de segurança. Terá conseqüências duradouras para nossa segurança para todos os aliados da OTAN”.
A OTAN planeja convocar uma cúpula de emergência no dia 24 de março. O presidente dos EUA, Joe Biden, está agendado para participar das conversações.
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