Rússia se compromete a fazer uma retirada das cercanias de Kyiv

Representantes da Rússia e da Ucrânia realizaram conversações de cessar-fogo nesta terça-feira (29), em Istambul, Turquia. O lado russo promete retirar algumas tropas de posições em torno da capital Kyiv. Mas outras partes do país estão sendo alvo de novos ataques.

As autoridades ucranianas relataram alguns progressos nas conversações. Eles disseram que discutiram um novo sistema para garantir a segurança da Ucrânia sem se tornar um membro da OTAN.

Eles nomearam possíveis garantidores de segurança, incluindo os EUA, Grã-Bretanha, Canadá, Polônia e Turquia.

O lado russo descreveu as negociações como construtivas. O vice-ministro da defesa do país se comprometeu a reduzir as operações em torno da capital para ajudar a construir confiança.

O vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, disse: “Decidimos reduzir drasticamente a atividade militar em torno de Kiev e Chernihiv”.

O Ministério da Defesa russo diz que planeja se concentrar na ação militar no leste da Ucrânia.

As autoridades americanas são céticas em relação à promessa da Rússia. O Secretário de Estado, Antony Blinken, disse na terça-feira (29): “Não vi nada que sugira que isto está avançando de forma eficaz – pelo menos não vimos sinais de verdadeira seriedade”.

O Departamento de Defesa dos EUA diz que um pequeno número de unidades russas se afastou de Kyiv. Mas seu porta-voz o classificou de “um reposicionamento, não uma retirada real”.

Enquanto isso, as forças russas continuam a atacar outras partes da Ucrânia. Autoridades locais dizem que um míssil atingiu um prédio do governo na cidade de Mykolaiv, no sul do país. Segundo reportagens da mídia, pelo menos 12 pessoas foram mortas e 33 ficaram feridas.

A agência de direitos humanos das Nações Unidas diz que cerca 1.200 civis foram mortos desde que a invasão russa começou, incluindo 104 crianças. As autoridades dizem que os números reais podem ser muito mais altos.

A agência de refugiados da ONU diz que, até segunda-feira (28), mais de 3,9 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia.