Negociações Rússia-Ucrânia continuam 3 semanas após a invasão

As baixas civis estão aumentando, três semanas após o início da invasão da Rússia na Ucrânia.

A Rússia vem expandindo sua ofensiva por todo o país, incluindo a capital Kyiv, a segunda maior cidade de Kharkiv e áreas do sul da costa do Mar Negro desde que lançou a invasão, em 24 de fevereiro.

O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse na segunda-feira (14), que mais de 2.400 civis foram mortos somente na cidade de Mariupol, no leste do país.

Delegações da Rússia e da Ucrânia estão em conversações on-line desde segunda-feira (14), para discutir a possibilidade de um cessar-fogo.

O lado ucraniano está exigindo um cessar-fogo imediato e a retirada das forças russas.

Mas a Ucrânia está, aparentemente, tentando buscar um terreno comum também. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, sugeriu que seria difícil para seu país aderir à OTAN. A Rússia está exigindo que nunca seja concedida à Ucrânia a adesão à OTAN.

O chefe da delegação da Rússia, Vladimir Medinsky, disse que a Ucrânia está oferecendo uma versão austríaca ou sueca de um Estado neutro desmilitarizado, mas ao mesmo tempo um Estado com seu próprio exército e marinha.

Mas o negociador da Ucrânia e conselheiro presidencial, Mykhailo Podolyak, disse que o modelo só pode ser “ucraniano” e tem que ter garantias de segurança legalmente verificadas com os signatários.

Acredita-se que os dois lados estejam discutindo um quadro de segurança independente da OTAN.

Enquanto isso, o presidente russo, Vladimir Putin, enfatizou sua intenção de continuar o que ele chama de “operação militar especial”. Ele disse em uma reunião de seu Gabinete de Ministros na quarta-feira (16), que todas as tarefas definidas serão cumpridas.

Ele disse que a Rússia garantirá sua própria segurança e a de seu povo, e nunca permitirá que a Ucrânia sirva de trampolim para ações agressivas contra ela.