Mais de 3.000 civis podem ter sido mortos em Mariupol diz a Human Rights Watch

Um grupo de direitos humanos afirma que um funcionário local relatou que mais de 3.000 civis podem ter sido mortos nos ataques da Rússia contra a cidade ucraniana de Mariupol.

O grupo, baseado nos Estados Unidos Human Rights Watch, divulgou um relatório nesta segunda-feira (21).

O relatório indica que o número exato de mortos em Mariupol é desconhecido. Mas um funcionário da cidade disse ao grupo que pelo menos 200.000 pessoas ainda estavam na cidade até domingo (20). Esse número representa a metade da população da cidade antes da guerra.

O grupo disse que realizou entrevistas na semana passada com 30 residentes de Mariupol que haviam fugido da cidade. Os evacuados disseram que muitas pessoas estão se escondendo em abrigos subterrâneos. Eles informaram que mulheres e crianças estão entre os moradores escondidos em abrigos subterrâneos.

Os entrevistados disseram que o tempo está extremamente frio e que tem havido pouca comida, água ou remédios desde que os russos cercaram a cidade por volta de 2 de março.

O relatório observa que há falta de informação, pois os sistemas de comunicação foram interrompidos.

Diz que vários residentes relataram ao grupo que pessoas foram mortas em ataques quando saíram para buscar comida ou água.

O relatório afirma: “Tanto a Rússia quanto a Ucrânia têm a obrigação de garantir o acesso à assistência humanitária aos civis e de tomar todas as medidas viáveis para permitir que a população civil evacue em segurança”.

O grupo de direitos humanos acrescenta: “A população civil faminta como método de combate é um crime de guerra”.