Kishida e Modi afirmam que a tentativa de mudar o status quo pela força é inaceitável
O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, e seu colega indiano, Narendra Modi, concordaram que uma tentativa unilateral de mudar o status quo pela força é inaceitável em qualquer região.
Os dois líderes discutiram a situação na Ucrânia e outras questões durante duas horas de conversações em Nova Delhi no sábado (18).
Kishida disse que a agressão da Rússia é um assunto sério que abala os fundamentos da ordem internacional, e que é necessária uma resposta resoluta.
Os dois líderes concordaram que é necessário buscar uma solução pacífica baseada no direito internacional. Eles afirmaram que seus países promoverão ainda mais os esforços para realizar um Indo-Pacífico livre e aberto.
Kishida e Modi também concordaram que se oporão firmemente às tentativas unilaterais de mudar o status quo pela força nos mares do Leste e do Sul da China, bem como pela coerção econômica, tendo em mente as ações assertivas da China.
Eles afirmaram sua cooperação na questão dos sequestros de cidadãos japoneses por agentes norte-coreanos.
Os dois líderes confirmaram que buscarão criar um impulso para a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, enquanto utilizam a parceria do Japão, Alemanha, Índia e Brasil, ou dos países do G4, que estão buscando um assento permanente no conselho.
Kishida disse que o Japão pretende liderar os esforços internacionais para realizar um mundo sem armas nucleares. Ele e Modi concordaram que seus países continuarão seu diálogo.
Os dois líderes confirmaram os planos de realizar conversações ” dois mais dois ” entre seus ministros das Relações Exteriores e da Defesa em uma data antecipada.
Em relação à cooperação econômica, Kishida disse a Modi que o Japão pretende investir 5 trilhões de ienes, ou mais de 40 bilhões de dólares, na Índia durante os próximos cinco anos.
Kishida também transmitiu os planos do Japão de fornecer empréstimos de mais de 2 bilhões de dólares e apoio à segurança cibernética, energia limpa, projetos ferroviários de alta velocidade e desenvolvimento no nordeste da Índia.
Kishida também indicou que o Japão espera usar sua visita como uma oportunidade para retomar as visitas mútuas entre os líderes dos dois países, e desenvolver ainda mais os laços bilaterais.
Em uma conferência de imprensa conjunta após a reunião, Kishida disse que Japão e Índia compartilham valores básicos como a democracia e o Estado de direito.
Kishida prosseguiu dizendo que o Japão trabalhará junto com a Índia para apelar ao diálogo e à cessação imediata das hostilidades, bem como para fornecer assistência humanitária à Ucrânia e aos países vizinhos.
Ele disse que o Japão vai estender mais assistência além da ajuda humanitária de emergência no valor de 100 milhões de dólares que o governo já decidiu.
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